Dia 14 de julho é a festa litúrgica do padroeiro dos doentes, dos hospitais e daqueles que cuidam dos doentes, SÃO CAMILO DE LELLIS. Com alegria fazemos memória de nosso Pai Fundador que inspirado por Deus, idealizou uma associação de homens de boa vontade, que se torna posteriormente Ordem religiosa, para servir os doentes com afeto maternal e com o coração nas mãos e na mente.
O legado (ensinamentos e ações) de São Camilo, um santo do século XVII, continua atual para o século que acaba de atravessar dois anos de restrições sanitárias devido o enfrentamento de uma pandemia de Covid-19. Nas crises sanitária e nas calamidades, Camilo estava sempre na linha de frente, colocando-se a serviço para gerar vida e saúde aos mais fragilizados e vulneráveis. Ao moribundo, prestava-lhe os devidos cuidados, não o deixando, na fase final da vida, morrer sozinho, abandonado. Confortava-o sendo uma presença na vida daquele que estava partindo sem gozar da presença de familiares e amigos.
Camilo, homem de boa vontade, santo, profeta e missionário num contexto sanitário precário, onde os trabalhadores da saúde eram mercenários e os doentes assistidos de forma desumana, contestador ao reformar e humanizar o ambiente e a assistência hospitalar. Exemplo de Bom Samaritano, ao derramar o óleo da consolação e o vinho da esperança aos doentes, ao consumir sua vida no mundo da saúde, enfermidade, sofrimento e finitude. Um místico que considerava o hospital território sagrado, sendo o quarto hospitalar a capela, o leito o altar e o doente o próprio Jesus no altar.
Nosso Pai Fundador, São Camilo de Lellis, um doente para os doentes, trilhando os passos do Bom Samaritano, acolheu a todos, doentes e sofredores, com afeto maternal e o coração nas mãos. E nós, religiosos camilianos procuramos caminhar à sombra de São Camilo vivendo na camilianidade dentre de nossas competências e possibilidades.